Quando comecei a me questionar sobre as “verdades da vida”, ainda garoto, percebi que o caminho seria longo, pois descobri que cada segmento, cada ciência, cada religião possuía bons argumentos. Ficava observando os crentes (no sentido mais amplo da palavra, aquele que crê numa suposta verdade) e tentava entender porque eles não conseguiam enxergar todo um mundo que se descortinava ao seu redor, toda uma gama de possibilidades, apesar de que essas possibilidades poderiam não se encaixar em suas crenças.
Na verdade o que nós buscamos é segurança, o ego, a personalidade e tudo que construímos como sendo “eu” precisa de segurança pra sobreviver e a crença em algo tenta satisfazer essa necessidade.
Acontece que no mundo dos fenômenos não há seguranças, não há garantias, simplesmente porque tudo é impermanente.
Observe uma barra de ouro, ela pode parecer a mesma por anos a fio, mas em seu interior existe um mundo oculto de energias frenéticas onde tudo muda numa fração de tempo que nem podemos imaginar.
Entender essa questão da impermanência pode ser um bom ponto de partida para o verdadeiro autoconhecimento. Aprendi com o mestre Krishnamurti que a verdade não é como um troféu que se conquista e se coloca num altar para que seja venerada. A verdade é fluida, assim como todo o universo. A mente rígida e cheia de velhas sinapses não consegue apreender o mistério da vida, simplesmente porque rigidez é morte. Pensem nisso.
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